sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quem se importa?

Se há coisa mais difícil de digerir à medida que vamos crescendo, é a realização de que estamos completamente sozinhos no mundo. Temos família, temos pessoas à nossa volta para qualquer lado que vamos, temos amigos, temos conhecidos e mesmo assim, conseguimos fechar-nos dentro de nós, criamos paredes altas, em vez de pontes de ligação, e isso porque ninguém é nós, ninguém está cá dentro, ninguém compreende, mas mesmo quando compreende, ninguém quer saber. Somos demasiado centrado em nós mesmos e habituamo-nos a isso, porque nos habituamos a tudo.

Há as amizades... as "amizades". mas...
....
sabem o que dói? Entender que, mesmo passados anos e anos de amizade, mesmo aquelas pessoas que consideramos as "melhores amigas", são, na verdade, umas estranhas na nossa vida. Falo da Laura, a minha melhor amiga desde a escola primária, a rapariga que me acompanhou durante anos e anos da minha vida, que sempre esteve lá... mas como? Na verdade, nunca me senti confortável para falar com ela sobre as coisas que realmente me atormentavam, para desabafar, pois sempre senti que o que dizia não ia ser compreendido. É boa pessoa, é verdadeira, mas demasiado superficial, leviana e imatura. Sempre vivi bem com isso, mas talvez hoje em dia tenha eu própria estruturado e fortalecido as minhas ideias de forma diferente. Sinto-me diferente e sinto-me crescida e sinto-me incapaz de tolerar facilmente as criancices e conversas desinteressantes. Mas não só dela, todo o meu grupo de amigas (mais duas - Diana e Nádia) se tornou um peso. Talvez me tenha habituado a elas e não procure outras pessoas, também por saber que é difícil encontrar pessoas em quem confiar... talvez não tenha mais ninguém e me sinta na obrigação de manter as amizades antigas. Eu gosto delas, até preciso delas, mesmo quando sinto que não preciso de absolutamente ninguém. Sinto que se alguma vez se afastarem de mim por alguma verdade que eu diga, ficarei bem com isso.
Talvez este desabafo seja só isso, um desabafo demasiado forte e mauzinho por acontecimentos recentes. Mas quem se importa?

E o mundo? Torna-se um lugar mais frio? Sim, talvez. Felizmente encontrei um porto de abrigo que ajuda a camuflar o que fica mal na paisagem. E é suficiente, daí que eu sinta que é suficiente manter estas amizades... só porque... sim. Talvez. Não sei.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Um dia conto-vos tudo.

Não sei começar. Parecia mais fácil longe do computador, nos momentos em que me perco em pensamentos e imagino que alguém os ouve e compreende.
Queria criar um diário, daqueles a sério, daqueles onde escrevia quando tinha 12 anos. Sentia que escrevia para alguém e ao mesmo tempo para ninguém, logo podia dizer tudo. Não tinha muito a dizer. Contava os meus dias desinteressantes, os meus desamores, a quantidade de vezes que tinha visto o rapaz mais velho de quem gostava. Lembro-me do meu primeiro namorado, um relacionamento que durou duas longas semanas (eu afinal não gostava dele daquela forma) e lembro-me de escrever sobre discussões e problemas familiares. Mas tudo acabava com um "pronto, é tudo. bjs". 

Pronto. Era tudo. Nada de especial. Nada de importante.
Hoje as complicações podiam encher páginas e páginas de diários.
Mas agora penso nisso e... sei lá. Para quê um diário? Isso é para quem tem 12 anos mesmo. What's the point?... 
Well, fuck the point! Estou aqui, avancei com isto e deixei para trás um blog de vários anos.

Um dia conto-vos tudo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O recomeço.

Olá,

Começar um blog, para mim, sempre foi difícil. Tem de se pensar em muitas coisas e elas precisam de fazer sentido e de ter um objetivo diferente do anterior...
Manter um blog novo é outra tarefa complicada. Sempre fui muito ligada ao meu blog, mas precisava de outro espaço, um espaço diferente. Um espaço onde pudesse revelar-me, escondida por detrás de uma máscara que me ocultasse somente a identidade.

Bem-vindos ao meu diário de bordo.

Eu sou a Luna,
que reina a noite e voa no céu.
Sou a Terra,
que me prende ao chão.